Foi em Luanda que, em 2022, começou a ser desenhado o projeto de uma instituição pensada para financiar a exploração dos recursos energéticos do continente africano, e que vem assumir um papel-chave na promoção da segurança energética e desenvolvimento económico, e no apoio à transição de África para soluções de energias renováveis, por via de uma parceria estratégica entre a Organização dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO) e o Banco Africano de Exportação-Importação (Afreximbank).

O Banco Africano de Energia (AEB, na sigla em inglês), que deverá ser lançado no quarto trimestre deste ano, já tem 44% dos cinco mil milhões de dólares de capital base necessários para o seu arranque.
Foi em Luanda que, em 2022, começou a ser desenhado o projeto de uma instituição pensada para financiar a exploração dos recursos energéticos do continente africano, e que vem assumir um papel-chave na promoção da segurança energética e desenvolvimento económico, e no apoio à transição de África para soluções de energias renováveis, por via de uma parceria estratégica entre a Organização dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO) e o Banco Africano de Exportação-Importação (Afreximbank).
De acordo com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, o “AEB posiciona Angola como centro de decisões energéticas africanas, promovendo soluções adaptadas às realidades dos países produtores e fortalecendo a autonomia financeira do continente”.
“Angola reafirma a sua liderança continental com a criação do African Energy Bank (AEB), iniciativa decidida em Luanda, durante a reunião da APPO em 2021. Sob a visão estratégica do ministro Diamantino Pedro Azevedo e em parceria com o Afreximbank, o AEB será um instrumento decisivo para financiar uma transição energética justa e soberana em África”.
A data de lançamento da instituição permanece, contudo, indefinida. Inicialmente apontada para junho, sabe-se agora que o lançamento do banco será decidido na próxima reunião ministerial da APPO, fez saber Omar Farouk Ibrahim, secretário da APPO, na conferência Angola Oil&Gas 2025.
No último Conselho de Ministros da APPO ficou decidido que cada um dos 18 países membros da organização deve avançar com um montante mínimo de 83,33 milhões de dólares a título de participação na capitalização do Banco.
O presidente da instituição financeira multilateral ainda não foi nomeado.
O AEB é uma instituição financeira independente e supranacional, não regulada por nenhum banco central, sendo liderada pelo setor privado. A APPO e o Afreximbank detêm uma participação maioritária da APPO e do Afreximbank.
“Gostaria de aproveitar esta oportunidade para apelar aos investidores que se juntem a nós no Banco Africano de Energia. A indústria africana de petróleo e gás atingiu a maturidade. África não pode continuar dependente de potências externas para financiar o seu petróleo e gás. O continente deve controlar os mecanismos de financiamento da sua própria indústria, criar a tecnologia de que necessita e desenvolver o seu próprio mercado para os recursos petrolíferos e gasíferos”, afirmou Omar Farouk Ibrahim, durante a conferência em Angola, que decorreu nos dias 3 e 4 de setembro.
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